quinta-feira, 17 de maio de 2012

Teoria dos Dois Mundos Defendida por Platão

Etapa 5 - AVA05


Em linhas gerais, Platão desenvolveu a noção de que o homem está em contato permanente com dois tipos de realidade: a inteligível e a sensível. A primeira é a realidade imutável, igual a si mesma. A segunda são todas as coisas que nos afetam os sentidos, são realidades dependentes, mutáveis e são imagens da realidade inteligível.
Tal concepção de Platão também é conhecida por Teoria das ideias ou Teoria das Formas. Foi desenvolvida como hipótese no diálogo Fédon e constitui uma maneira de garantir a possibilidade do conhecimento e fornecer uma inteligibilidade relativa aos fenômenos.
Para Platão, uma determinada caneta, por exemplo, terá determinados atributos (cor, formato, tamanho etc). Outra caneta terá outros atributos, sendo ela também uma caneta, tanto quanto a outra. Aquilo que faz com que as duas sejam canetas é, para Platão, a Ideia de Caneta, perfeita, que esgota todas as possibilidades de ser caneta.
A ontologia de Platão diz, então, que algo é na medida em que participa da Ideia desse objeto. No caso da caneta é irrelevante, mas o foco de Platão são coisas como o ser humano, o bem ou a justiça.
Platão afirma haver dois mundos diferentes e separados: o mundo sensível, dos fenômenos e acessível aos sentidos; e o mundo das ideias gerais (inteligível), "das essências imutáveis, que o homem atinge pela contemplação e pela depuração dos enganos dos sentidos".
Para explicar melhor sua nova teoria, Platão cria no livro VII da República o mito da Caverna, no qual imagina uma caverna onde estão os homens acorrentados desde a infância, de tal forma que não podem se voltar para a entrada e apenas enxergam uma parede ao fundo. Ali são projetadas sombras das coisas que se passam às suas costas, onde há uma fogueira. Platão afirma que se um dos homens conseguisse se libertar e contemplar a luz do dia, os verdadeiros objetos, ao voltar à caverna e contar as descobertas aos companheiros seria dado como louco.
No mito é possível associar os homens presos à população e o homem liberto a um filósofo. Os homens presos conhecem apenas o mundo sensível, já o liberto conheceu a verdadeira essência das coisas, conheceu o mundo das ideias.
A teoria apresentada por Platão, embora tenha deixado algumas perguntas em aberto e algumas respostas ainda hoje não totalmente compreendidas é, sem dúvida, um grande marco para a Filosofia.

Fonte : http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090428154153AAe5nvh



                                                              Etapa 5 - AVA05

Filosofia da Educação


                                    
Etapa 5 - AVA05

Não se pode discutir a Educação sem ter a filosofia presente. Ambas caminham juntas desde a idade antiga, já sendo vivenciadas e discutidas. Algumas idéias propostas pelos primeiros filósofos estão presentes e vividos hoje, dentro da Educação.

.A Filosofia fornece á educação uma reflexão sobre a sociedade na qual está situada, sobre o educando, o educador e para onde esses elementos podem caminhar. O educando, quem é o que deve ser qual o seu papel no mundo; o educador, quem é qual o seu papel no mundo; a sociedade, o que é o que pretende; qual deve ser a finalidade da ação pedagógica. Esses são alguns problemas que exigem a reflexão filosófica.

A Filosofia propõe questionar, a interpretação do mundo que temos, e procura buscar novos sentidos e novas interpretações de acordo com os novos anseios que possam ser detectados no seio da vida humana. Não há uma pedagogia que esteja fora dos pressupostos filosóficos.

A educação como transformadora da sociedade recusa-se tanto ao otimismo ilusório, quanto ao pessimismo imobilizador. Por isso, propõe-se compreender a educação dentro de seus condicionantes e agir estrategicamente para a sua transformação. Propõe-se desvendar e utilizar das próprias contradições da sociedade, para trabalhar criticamente pela sua transformação. Quando não pensamos, somos pensados e dirigidos por outros.

Em suma a Filosofia fornece á educação uma reflexão sobre a sociedade na qual está situada, sobre o educando, o educador e para onde esses elementos podem caminhar.

Referências:



ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. São Paulo: Moderna, 2001.

KNELLER, George. Introdução à filosofia da educação. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez, 1991




domingo, 6 de maio de 2012

Maiêutica


Etapa 4 - AVA04 – D25-5_AVA04_LI

10/04/12 a 12/05/12

O método próprio de análise filosófica, desenvolvido por Sócrates foi denominado de “maiêutica” (em grego “parto das ideias”.), cujo objetivo é possibilitar ao homem o conhecimento de si mesmo. Segundo Teles (1995, p. 31), a maiêutica consiste em fazer perguntas e analisar as respostas de maneira sucessiva até chegar à verdade ou contradição do enunciado. Esse método faz com que as pessoas pensem a partir daquilo que não conhecem, ou seja, pela ignorância. Daí a famosa frase de Sócrates: “eu só sei que nada sei”.

Intersubjetividade x Pedagogizador


Etapa 4 - AVA03 – D25-5_AVA03_LI

10/04/12 a 12/05/12

Intersubjetividade – entende-se a comunicação das consciências individuais, umas com outras, efetuando-se sob o fundo da reciprocidade.

Habermas em sua teoria da Ação Comunicativa propõe a compreensão de como os indivíduos se apropriam da razão instrumental. Trata-se de uma nova racionalidade, entendida como disposição dos sujeitos capazes de linguagem e de ação, de trocas lingüísticas intersubjetivas que proporcionem a integração entre o mundo visado objetivamente (o mundo social das normas) e o mundo das vivências pessoais.

O paradigma da intersubjetividade possibilita a liberdade comunicativa guiada por intersubjetividade que possibilita a liberdade comunicativa guiada por razões e argumentações justificadas, legitimadas e, acima de tudo, criticáveis, que permitem aos participantes da  comunicação  se entenderem entre si acerca de algo sobre o mundo.

Nessa perspectiva, Habermas propõe um agir comunicativo resultante do próprio contexto do sistema técnico-instrumental.

Enfim, o que Habermas sinaliza é a urgência de libertar o conhecimento de seu papel meramente reprodutor de decisões técnicas  e  monitoradas.  Para ele o sistema técnico-científico é o paradigma de nossa época.


Pedagogizador – Esse estilo de educação se resume a instruir, reproduzir um tipo de conhecimento que não é relevante para as reais necessidades do aluno.

            Essa postura de educação está a serviço de uma sociedade mercadológica e tecnocrática. As propostas pedagógicas estão direcionadas a uma aplicação de técnicas a um sujeito, o aluno, tratado meramente como um objeto a ser conhecido e treinado para atender as exigências do mercado.  Esse modelo de educação tem sido pensado como um dos maiores desafios da contemporaneidade, e os seus críticos vem tentando superar o estilo “pedagogizador” da educação.  

Partindo da teoria de Habermas de que potencialmente todos os membros de uma sociedade têm condições de exercitar sua capacidade comunicativa, percebe-se que a educação lentamente, vem se constituindo sob um novo discurso pautado pela transformação. Mas, ainda caminha sob a sombra do modelo “pedagogizador”, uma vez que não basta somente mudar o discurso, é preciso efetivar os discursos mediante a ação comunicativa. A partir da Teoria da Ação Comunicativa, pode-se conceber o espaço da escola, como o lugar de exercitar a intersubjetividade entre aluno/professor/escola/família e comunidade, com o intuito de discutir os rumos da sociedade, isto é, a partir do momento em que os indivíduos se perceberem como sujeitos e atores sociais, poderão pensar que a sociedade pode ser de outra maneira, e agir de outra maneira, refletindo sobre os problemas da sociedade, interpretando, participando, dialogando, enfim, buscando o consenso em torno dos interesses comuns. 

A educação deve contribuir significativamente com o processo de desenvolvimento do aluno a partir da interpretação e análise crítica dos fenômenos culturais do seu cotidiano, levando-os ao exercício de uma prática de saber construtivo à sua vida.

Assim, a prática da intersubjetividade no campo da educação supera o modelo “pedagogizador” ao produzir indivíduos mais livres, autônomos, capazes de avaliar seus atos à luz dos acontecimentos, à luz das normas sociais legítimas e legitimadas pelos processos jurídicos e políticos, usando suas próprias cabeças, e tendo propósitos lúcidos e sinceros, abertos à crítica. 


Bibliografia


JARDIM, Borges Freitas. et al, 2011 – Filosofia da Educação.

sábado, 5 de maio de 2012

Características da Filosofia Moderna


Etapa 3 – ED04 – D25-5_ED04_LI


10/04/12 a 04/05/12


Filosofia moderna é toda a filosofia que se desenvolveu durante os séculos XV, XVI, XVII, XVIII, XIX; começando pelo Renascimento e se estendendo até meados do século XIX, mas a filosofia desenvolvida dentro desse período está fragmentada em vários subtópicos, e escolas de diferentes períodos, tais como:


Filosofia do Renascimento

Filosofia do século XVII

Filosofia do século XVIII

Filosofia do século XIX


Na modernidade passou-se a delinear melhor os limites do estudo filosófico. Inicialmente, como atestam os subtítulos de obras tais como as Meditações de René Descartes e o Tratado de George Berkeley, ainda se fazia referência a questões tais como a da prova da existência de Deus e da existência e imortalidade da alma. Do mesmo modo, os filósofos do início da modernidade ainda pareciam conceber suas teorias filosóficas ou como fornecendo algum tipo de fundamento para uma determinada concepção científica (caso de Descartes), ou bem como um trabalho de "faxina” necessário para preparar o terreno para a ciência tomar seu rumo (caso de John Locke), ou ainda como competindo com determinada conclusão ou método científico (caso de Berkeley, em The Analyst, no qual ele criticou o cálculo newtoniano-leibniziano – mais especificamente, à noção de infinitesimal – e de David Hume com o tratamento matemático do espaço e do tempo). Gradualmente, contudo, a filosofia moderna foi deixando de se voltar ao objetivo de aumentar o conhecimento material, i.e., de buscar a descoberta de novas verdades – isso é assunto para a ciência – bem como de justificar as crenças religiosas racionalmente. Em obras posteriores, especialmente a de Immanuel Kant, a filosofia claramente passa a ser encarada antes como uma atividade de clarificação das próprias condições do conhecimento humano: começava assim a chamada "virada epistemologica"


São características da filosofia moderna, sobretudo ao tempo de sua fundação:


a ) sistematicidade metodológica;


b) conteúdo novo, sobretudo gnosiológico, que, para uns, estava em ser racionalista (como no caso de Descartes), para outros, empirista (como para Bacon);

c) acontecer cronologicamente em tempo próprio, definido por situações externas peculiares, tanto no mesmo plano da filosofia, como em outros planos culturais, sociais, políticos, religiosos, etc.


Das características gerais do campo de pensamento e de discursos da Filosofia Moderna, destam-se as seguintes: o significado da nova ciência da Natureza, os conceitos de causalidade e de substância, a ideia de método ou de mathesis universalis, e a ideia de razão, explícita ou implicitamente elaborada por tais pensadores.


Bibliografia

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_moderna Acesso Em: 04/05/12

Disponível em: http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080918140336AAOqlFR Acesso em: 04/05/12.

Correntes Filosóficas

Etapa 3 – ED03 – D25-5_ED03_LI
10/04/12 a 04/05/12
  
A filosofia moderna é caracterizada pela preponderância da epistemologia sobre a metafísica. A justificativa dos filósofos modernos para essa alteração estava, em parte, na idéia de que, antes de querer conhecer tudo o que existe, seria conveniente conhecer o que se pode conhecer.

Essa nova forma de se pensar a Filosofia Moderna era compartilhada pelos Filósofos René Descartes, Francis Bacon, John Locke, David Hume e Kant.

Geralmente considerado como o fundador da filosofia moderna, o cientista, matemático e filósofo francês René Descartes (1596-1650) redirecionou o foco da discussão filosófica para o sujeito pensante. O projeto de Descartes era o de assentar o edifício do conhecimento sobre bases seguras e confiáveis. Para tanto, acreditava ele ser necessário um procedimento prévio de avaliação crítica e severa de todas as fontes do conhecimento disponível, num procedimento que ficou conhecido como dúvida metódica. Segundo Descartes, ao adotar essa orientação, constatamos que resta como certeza inabalável a ideia de um eu pensante: mesmo que o sujeito ponha tudo em dúvida, se ele duvida, é porque pensa; e, se pensa, é porque existe. Essa linha de raciocínio foi celebrizada pela fórmula “penso, logo existo”. A partir dessa certeza fundamental, Descartes defendia ser possível deduzir rigorosamente, ao modo de um geômetra, outras verdades fundamentais acerca do sujeito, da natureza do conhecimento e da realidade.

Se os racionalistas priorizavam o modelo matemático, a filosofia antagônica – o empirismo – enfatizava os métodos indutivos das ciências experimentais. O filósofo John Locke (1632-1704) propôs a aplicação desses métodos na investigação da própria mente humana. Em patente confronto com os racionalistas, Locke argumentou que a mente chega ao mundo completamente vazia de conteúdo – é uma espécie de lousa em branco ou tabula rasa; e todas as ideias com que ela trabalha são necessariamente originárias da experiência. Esse pressuposto também é adotado pelos outros dois grandes filósofos do empirismo britânico, George Berkeley (1685-1753) e David Hume (1711-1776).

Em 1781, Immanuel Kant publicou a sua famosa Crítica da Razão Pura, em que propõe uma espécie de síntese entre as teses racionalistas e empiristas. Segundo Kant, apesar de o nosso conhecimento depender de nossas percepções sensoriais, essas não constituem todo o nosso conhecimento, pois existem determinadas estruturas do sujeito que as antecedem e tornam possível a própria formação da experiência. O espaço, por exemplo, não é uma realidade que passivamente assimilamos a partir de nossas impressões sensoriais. Ao contrário, somos nós que impomos uma organização espacial aos objetos. Do mesmo modo, o sujeito não aprende, após inúmeras experiências, que todas as ocorrências pressupõem uma causa; antes, é a estrutura peculiar do sujeito que impõe aos fenômenos uma organização de causa e efeito. Uma das consequências da filosofia kantiana é estabelecer que as coisas em si mesmas não podem ser conhecidas. A fronteira de nosso conhecimento é delineada pelos fênômenos, isto é, pelos resultados da interação da realidade objetiva com os esquemas cognitivos do sujeito.


Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia Acesso em: 04/05/12.